Ano Letivo
2015/2016
Unidade Curricular
Tese de Mestrado
Ano Curricular
5º
Supervisor/Orientador
Marta Labastida
Local de Intervenção
Minas da Borralha, Montalegre, Portugal.
Daniela Sousa
A Borralha, localizada no concelho de Montalegre, era um território que não se distinguia dos outros da região, onde o homem intervinha apenas com pequenos gestos. No início do século XX este paradigma mudou e o lugar foi drasticamente alterado. A busca massiva e incessante pelas pedras negras de volfrâmio deu início à exploração mineira das Minas da Borralha. As minas estiveram, durante todo o período de funcionamento, sujeitas a vários processos de transformação. Todavia, após o seu encerramento, as transformações, em detrimento da otimização da produção, pararam e adquiriram outras formas: o lugar não só ficou sujeito aos efeitos dos ciclos da natureza e de vandalismo, mas também pela ação da população que ficou a habitar na Borralha. Perdeu a sua função mineira e tornou-se um lugar expectante, em que o futuro ficou incerto. A presente investigação pretende responder à questão “como trabalhar com o coletivo que vive no lugar?”, em vez perguntar “que fazer com o lugar?”. Será sustentada numa metodologia onde se analisa a Borralha, a partir da escala do doméstico até à escala do lugar, para se revelar a memória e reconhecer as oportunidades de novas relações entre o habitar e o produzir. A partir de um mapeamento coletivo, elaborado com a população local, será feita uma reflexão do presente, do passado e do futuro da Borralha. Consequentemente será traçada uma estratégia onde se procurará encontrar uma ponte de colaboração profícua entre a produção da “máquina do Ecomuseu” e a produção que poderá resultar da introdução de novos estímulos relacionados com ações domésticas, para conseguir articular as memórias física e imaterial da Borralha com o seu futuro, mas também aproximar a população local aos novos visitantes.