Reconhecer o Bairro da Emboladoura, Gondar

Vários Autores

ANATOMIA URBANA por Ana Paula Coelho, Andreia Margarida Pinto, Francisca Machado e Pedro Matos Vieira

ACT_20202021_LU_EXE01_PAINELWEB_GRUPO_1.jpg

×

Na nossa análise, aquando à chegada ao bairro da Emboladoura, foi imediatamente percetível que este era um centro de irradiação de vários percursos - colocamos o Bairro como coração do espaço, face ao que o rodeia, sendo que este nos permitiu observar várias dinâmicas que se davam tanto no próprio como na sua relação com o exterior e sua envolvente. É imperativo analisar a relação do bairro com o seu meio mais próximo, mas também a sua ligação com a cidade de Guimarães.

Pensando nesta matéria, é percetível a existência de desconexão entre o centro de Guimarães e o Bairro- a distância entre estes é reduzida, estando apenas separados por menos de uma dezena de quilómetros, onde as ligações pedonais são degradadas e insuficientes, face ao privilégio dado aos transportes motorizados.

Foi importante neste trabalho observar o bairro como um centro que alenta aquilo que o rodeia. Percecionamos que na análise dos usos em estudo há uma hierarquização dos espaços face à sua utilização, pressupõe-se que há locais como o centro de saúde, as escolas, a igreja paroquial, a Coelima que são usados com mais frequência por um maior número de habitantes, comparativamente a outros locais, por exemplo a igreja matriz, a farmácia, os correios e o supermercado. Com isto, percebemos a importância dos percursos que o ligam com outros pontos menores na sua envolvente, mas também considerados importantes e usados na comunidade - é crucial entender estas ligações com a envolvente próxima, mas também com a cidade de Guimarães. Foi significativo observar como os habitantes se foram apropriando do espaço, dando um novo sentido ao bairro que não estava previsto na fase inicial. Aqui entende-se que a ligação das pessoas com o terreno é algo intrínseco, já que desde sempre apropriamos o território para nosso maior prazer e conforto, sendo que neste caso de estudo isso é flagrante.

ITINERÁRIO DO CONHECIMENTO por Ana Beatriz Freitas, Ana Rita Leite, Manuela Alves e Nelson Silva

ACT_20202021_LU_EXE01_PAINELWEB_GRUPO_3.jpg

×

Este trabalho debruçou-se sobre o percurso que os jovens fazem entre o bairro e o centro escolar, devido à importância da escola para o seu desenvolvimento intelectual e pela familiarização deste tema por parte de elementos do Grupo. Deste modo, o trabalho divide-se em dois momentos que retratam: o percurso pedonal dentro do bairro e de Gondar até à escola; e o percurso de autocarro entre o bairro e o centro de Pevidém.

Para melhor compreensão sobre o tema, foram realizadas visitas ao bairro, a deslocação que os jovens percorrem diariamente e duas conversas via zoom com três jovens de 14 anos e posteriormente com outros dois de 11 anos. Estes iniciam a jornada dentro do bairro, utilizando o autocarro 81 que percorre cerca de 4km em vinte minutos, terminando a viagem em frente à Igreja Paroquial de Pevidém. Daí fazem o caminho de 1km a pé em quinze minutos, vencendo um desnível de 25m sem locais de resguardo, à exceção do tanque que permite uma paragem abrigada no início do percurso.

Com este trabalho foi possível compreender que o Bairro da Emboladoura consiste num conjunto de habitações sociais com carências económicas. Um local onde aspetos como os percursos pedonais e os transportes públicos possuem uma grande importância para os seus habitantes e, assim como as suas habitações e espaços exteriores, não se apresentam à altura das suas necessidades e das suas crianças.

BAIRRO DA EMBOLADOURA por Ana Lia Teixeira, Ana Rita Teixeira, Ana Rita Silva e Carina Jaques

ACT_20202021_LU_EXE01_PAINELWEB_GRUPO_6.jpg

×

O Bairro da Emboladoura implantado em Gondar, concelho de Guimarães, próximo ao rio Ave, é um bairro de habitação social agregado à Vila de Pevidém. É composto por seis blocos de habitação coletiva e por espaços públicos diversos dos quais se destacam o polidesportivo e o parque infantil.

Após a primeira visita ao bairro foi-nos possível indicar os espaços e locais mais importantes, assim como os lugares mais carenciados e como as pessoas se sentiam ao morar lá, sendo que uma palavra constantemente utilizada foi “esquecida”...

Através do estudo do percurso, paragens e horários do autocarro, o único que permite a deslocação da comunidade do bairro, notamos uma carência de serviços de transportes públicos para auxiliar os moradores no seu dia-a-dia. Mais à frente, reparamos que o Hipermercado mais perto do bairro, o Lidl, em Pevidém, fica a cerca de 2 Km de distância. De carro, a deslocação demora cerca de 6 minutos, no entanto, quem não tenha recurso ao mesmo, e tenha que se deslocar a pé ou de autocarro, não é uma deslocação muito prática. A partir deste ponto direcionamo-nos para a escolha do nosso tema, que são os serviços e como as pessoas os usam...

Com base no estudo desenvolvido até então, elaboramos um diagrama para não só organizar os serviços por temas, através de símbolos. Como por exemplo: educação, comércio, saúde, religião, entre outros. Mas também, para auxiliar à perceção das distâncias entre o bairro e os serviços. Elaboramos também uma planta de rés do chão da área próxima ao bairro, em articulação com a planta de mobilidades, que mostra a deslocação dos moradores desde o bairro até aos serviços, de carro, a pé e de autocarro, incluindo o café, a junta de freguesia, o minimercado, o parque infantil, o polidesportivo e dois serviços de venda ocasional, o padeiro e o peixeiro. A planta demonstra não só o rés-do-chão do bairro e dos serviços em redor, mas também a deslocação das pessoas, a pé, desde as suas casas até aos serviços.

RECONHECIMENTO HIDROGRÁFICO por Carlos Silva, Dinis Braga, Inês Baganha e Sónia Pereira

ACT_20202021_LU_EXE01_PAINELWEB_GRUPO_agua.jpg

×

Numa perspetiva de análise do território, o nosso estudo focou-se na interpretação de vários elementos que suportam a representação do espaço. Em forma de estratos, o resultado do exercício reflete não só o reconhecimento da Urbanização da Emboladoura, mas também a identificação do sistema viário, sistema físico, sistema de suporte, estudo do parcelamento e a identificação do edificado. Todos estes elementos complementam a área, uma vez que são necessários para a correta e apurada compreensão do lugar.
Na malha urbana do local, destacam-se os grandes aglomerados de vegetação descontrolada, campos agrícolas e zonas fabris. Verificamos, assim, que as redes de água e os elementos referidos anteriormente estão diretamente relacionados. 
A água é usada na maioria dos processos industriais, diretamente ou a nível secundário ao fabrico de um produto. Neste plano de estudos destacamos a Coelima - fábrica têxtil - uma vez que está diretamente relacionada com a Urbanização da Emboladoura. 
Ainda assim, o tratamento e consequente localização das zonas de vegetação controlada, campos agrícolas e hortas, são pensadas de modo a que se desenvolvam perto das linhas de água e de pequenos regadios, uma vez que a qualidade do solo é melhor e mais fértil. A água torna-se então um elemento indispensável e inigualável.
Como síntese de toda a pesquisa feita até então, o trabalho foca-se em representar todos os elementos que utilizam a água como principal recurso, valorizando o território e a forma de como o Homem se apropria dele.

LABOUR ROUTE por Cláudia Carvalho, Edgar Mendes, Nuno Silva e Tiago Pereira

ACT_20202021_LU_EXE01_PAINELWEB_GRUPO_labourroute.jpg

×

Os propósitos do trabalho foram a exploração do palimpsesto, das dinâmicas sociais e demográficas do território que temos sob objeto de estudo, sendo que este se localiza numa aldeia nos arredores da vila de Pevidém e dista 8.4 Km do centro de Guimarães e a 21.2 Km de Vila Nova de Famalicão.

Tendo em consideração as aulas e a recolha de informação, como notícias, e alguns documentos, definimos como objetivo do nosso grupo identificar a influência da ligação viária na direção Famalicão – Guimarães, bem como a articulação com a atividade industrial pela qual o bairro nutre uma relação de dependência, sendo a empresa com maior relação e influência histórica para com o mesmo, a Coelima - Indústrias Têxteis, S.a. No trabalho de reconhecimento do terreno e identificação de elementos, apercebemo-nos de um curso de água que termina na zona desta mesma empresa e que aparenta ter sido manipulado para que pudesse servir a mesma, condicionando, também, os locais adjacentes. Além disso, procuramos igualmente identificar e caracterizar as relações entre o bairro e os pontos de maior confluência de população e maior utilidade pública como escolas, igrejas, serviços e unidades de saúde.

Através do trabalho em diferentes escalas, do registo fotográfico e realização do suporte físico, rede viária, edificado e parcelamento, entendemos que a ligação que abordamos no estudo contêm vestígios de uma grande industrialização no passado, com diversos edifícios de antigas empresas em ruínas, que acompanham o afunilamento para o centro de Guimarães. Estes percursos servem também de distribuição para todos os equipamentos públicos que influenciam o bairro, bem como privilegiam o transporte automóvel que pode ser um fator negativo na vida da Urbanização da Emboladoura.