Ano Letivo
2010/2011
Unidade Curricular
Laboratorio de Urbanistica
Ano Curricular
3º
Docência
Daniel Duarte Pereira Vincenzo Riso
Título do Exercício
Construir um olhar específico
Local de Intervenção
Eixo Guimarães-Ronfe (EN 206), entre Silvares e Serzedelo
Enunciado do Exercício
Este exercício propõe a reflexão sobre áreas inseridas no território difuso do Vale do Ave. Este território apresenta um modelo de urbanização distinto do modelo tradicional, associado às cidades consolidadas, sendo assim necessário treinar o olhar para o reconhecimento dos traços e pegadas que estes territórios apresentam, com o objetivo de inventar novas formas de intervir. É fornecida uma amostra alargada do Vale do Ave, inserida na continuidade urbana definida pelo eixo e pretende-se que o aluno crie uma interpretação que se funda num olhar específico; este olhar seleciona temas e/ou elementos, que por serem sistematicamente recorrentes em toda a extensão da amostra, se reconhecem como estruturantes no território e na paisagem resultante. O mote para a criação da ideia-chave será dado com a seleção de uma fotografia, que o grupo considere exemplificativa da sua inquietação perante a área de estudo. Devem associar essa fotografia a um tema e/ou elemento reconhecido.
Maria Gonçalves, Tiago Silva, Mariana Anjos e Belen Zevallos
Estudo dos rastos no território
Rasto(s),
No seguimento do trabalho, avançou-se para um tipo de interpretação associada ao efeito que estas marcas foram impondo ao terreno. Ficaram organizadas em 5: aterros, escavações, plataformas, geometrização e desflorestação. Estas categorias não estão diretamente relacionadas com cada tipo de causa. Existe um cruzamento mais complexo em que, por vezes, causas idênticas dão origem a rastos de categorias diferentes e vice-versa.
As plataformas são o caso mais complexo, uma vez que estão associadas a origens variadas, entre as quais, loteamentos e fábricas. Estas também implicam movimentos de terras, ou seja, aterros e escavações. Porém, o seu efeito está mais ligado ao facto de terem sido criadas plataformas que permitissem a implantação do edificado.
Os aterros são constituídos por depósitos de terras que elevam a cota e são percetíveis nos ortofotomapas devido à rutura na vegetação, como uma cicatriz.
A desflorestação vem aliada sobretudo às clareiras que são utilização para a
agricultura ou para a implantação de futuras construções. Representam uma paragem brusca da massa arbórea e são, às vezes, delimitadas por muros, principalmente quando são campos de cultivo.
A geometrização consiste na modelação de elementos naturais através de formas
mais rígidas, como por exemplo, o rio, quando as suas margens são manipuladas numa área de parque, ou em canais de água construídos para a atividades industriais.