Ano Letivo
2015/2016
Unidade Curricular
Tese de Mestrado
Ano Curricular
5º
Supervisor/Orientador
Marta Labastida
Local de Intervenção
Guimarães, Portugal.
Hélder Silva
Neste Projeto de investigação procura-se perceber de que forma se pode tirar partido dos espaços vazios na cidade, mais concretamente, dos “vazios urbanos” que surgem com a Ruína de Lotes Habitacionais, e que posteriormente resultam num espaço selado e improdutivo na malha urbana. Inicialmente, surge a necessidade de compreender o que se entende por “vazio urbano”, e qual a abordagem pertinente a ter para com ele. Para isso, reúnem-se e analisam-se diversas opiniões de autores, tendo como base congressos, fóruns, edições, entre outros aspetos bibliográficos relacionados com o tema. Após esta análise, é possível estabelecer um percurso de desenvolvimento do Projeto, que parte da consideração do conceito “terrain-vague”, de Solà-Morales, que apesar da sua ambiguidade, caracteriza estes espaços como terrenos expectantes, desprovidos de uso, porém não sendo totalmente “vazios” num contexto temporal, pois contêm a Memória do Lugar. Sendo que se consideram como premissas, o respeito pela Memória do Lugar e a Multiplicidade do “vazio”, para definir as Ações de Transformação a desenvolver no Projeto de Investigação. Sendo estas ações de caráter Provisório tirando partido dos “vazios”, durante o período de tempo em que se encontram expectantes. A investigação tem como objetivo encontrar propostas de ocupação, de uso coletivo, em lotes habitacionais, que se encontrem em estado de ruína. Seleciona-se como amostra de estudo, a Rua D. João I em Guimarães, servindo como suporte base de Ensaios Interpretativos, pois, apesar de reunir características comuns às restantes Ruas do Centro Histórico, também se confronta com edifícios de dimensões e estilos construtivos distintos. Fazendo a transição entre diferentes atividades e morfologias urbanas na cidade. A abordagem aos lotes é baseada em estudos da rua enquanto espaço público, e na sua relação com estes que são do domínio privado, procurando soluções de complementaridade que diminuam a “barreira” entre os dois domínios. Transformando o lote “vazio” num espaço de acontecimentos, que podem funcionar como uma continuidade do espaço público. Para tornar possíveis as Ações de Transformação, é necessária a identificação das características do lote em relação à rua, e também a disponibilidade dos proprietários em ceder temporariamente o espaço. Percebendo a legitimidade da proposta, para incorporar uma infraestrutura efémera de baixo custo que privilegie a versatilidade formal. Considerar-se-á a colaboração da população local, para que estas Ações possam corresponder às necessidades apontadas pelas mesmas, e dessa forma valorizar os lugares onde se inserem.