Ano Letivo

2017/2018

Unidade Curricular

Atelier 2A – Territorio

Ano Curricular

Docência

Marta Labastida

Local de Intervenção

Vizela

Meanwhile in “Loteamento da Lage”

Filipa Alves, Rafaela Silva e Eleonora Pavarotti

O Loteamento da Lage é uma ruína com mais de dez anos e ao longo do tempo tornou-se parte da paisagem urbana de Vizela. O lugar que à primeira vista apresenta a ideia de um espaço completamente abandonado, que parou de viver quando a construção estagnou, deixando-o como uma ruína constante no tempo, revela-se algo repleto de dinâmicas e processos que estão em constante crescimento e alteração. São processos que perduram e continuam neste “entretanto”, ou seja, enquanto a construção da ruína para no tempo, várias apropriações transformam a realidade do lugar. “Meanwhile in Loteamento da Lage” procura transmitir estes processos do entretanto enquanto construção contínua estagnada.

Ao visitar o lugar, descobriu-se que este já tinha o seu próprio valor: um conjunto de casas com estrutura à vista que refletem a sua materialidade, rodeadas por terrenos devolutos e agrícolas. Ao longo dos meses, observou-se o que estava a acontecer no lugar, conversando também com alguns dos transeuntes que por ali passavam, para perceber o processo de apropriação. Os inconvenientes que se observam não justificam grandes mudanças, apenas pequenas alterações que melhorem esta condição.

O processo passou por uma relação próxima com os vizinhos que foram transmitindo ideias e histórias sobre o lugar e, através de entrevistas, tanto os vizinhos como as pessoas que por ali passavam, for possível construir uma abordagem baseada em histórias individuais que criam um “todo” naquele lugar. Nesse sentido, a ruína deve ser vista como uma oportunidade e não de forma negativa. O projeto propõe então um acelerar o processo de apropriação que acontece neste “entretanto”. As intervenções surgem como respostas às histórias transmitidas pelas entrevistas e pela observação ao lugar ao longo deste período.

Estes pequenos atos efémeros resultam no fim num “todo”. Procuram dar resposta ao estado de abandono e juntos acelerar e contribuir para o processo que já se verifica. Assim, o edifício é exposto a todas estas dinâmicas que de forma independente cruzam-se no lugar contribuindo para o avançar do processo.