Ano Letivo

2019/2020

Unidade Curricular

Atelier 2A – Territorio

Ano Curricular

Docência

Marta Labastida e Marisa Fernandes

Local de Intervenção

Póvoa de Varzim - Esposende

Enunciado do Exercício

O programa do Atelier 2A – Território contempla um único exercício prático que tem como objectivo principal ensaiar estratégias de intervenção e transformação no território contemporâneo. Depois de vários anos trabalhando o Território com os pés na terra, este ano questionamos a ocupação urbana pensando desde o mar. Numa área localizada na costa norte portuguesa, entre os municípios da Póvoa de Varzim e Esposende, é proposto aos alunos selecionar, especular e mapear as dinâmicas do mar e os recursos marinhos que afetam diretamente a ocupação do território: as dunas, as masseiras, as formas de turismo, a praia, núcleos piscatórios, entre outros. O exercício foi dividido em duas fases: na primeira fase, a partir da exploração alargada do lugar, os alunos constroem uma aproximação - crítica e seletiva - que sintetiza e enuncia uma primeira ideia do projeto-estratégia. Na segunda fase, a partir da exploração da ideia, os alunos desenvolvem a capacidade de transformação que implica. Estes trabalhos enquadram-se no âmbito do Projeto de Investigação O Mar e o Litoral, Arquitetura e Biologia Marinha: O Impacto da Vida do Mar no Ambiente Construído (A&BM POCI-01-0145-FEDER-029537) que integra o Centro de Investigação Lab2PT Universidade do Minho e o Centro Interdisciplinar de investigação Marinha e Ambiental (CIMAR ).

Incorporação

Carlos Campos, Cláudio Meireles e Carolina Poli

Este território está diretamente relacionado com o mar e com a prática agrícola, devido à sua localização geográfica e à qualidade dos solos, tendo como característica os campos de “masseiras”. Durante muito tempo, este local teve uma forte exploração agrícola em masseiras, que se foi perdendo ao longo do tempo com o surgimento de novas tecnologias e métodos de produção. A estratégia é torná-lo num território híbrido, criando um misto de experiências que conciliam as qualidades do campo e da cidade, sendo possível trabalhar, viver e relaxar no mesmo lugar. Para isso, foram desenvolvidas quatro lógicas naquele território. A primeira lógica, “Estrada Nacional/Montra”, visa fortalecer as práticas atuais, como a venda dos produtos ao longo da estrada nacional, melhorando as condições desse eixo viário. Na lógica seguinte, “Casa/Caminho”, a intervenção passa pelo reaproveitamento das casas abandonadas que serviram de apoio à agricultura para dar resposta a futuras famílias que pretendem instalar-se neste território. A lógica “Estufas/Parcelas” passa por dividir o terreno para que cada família possa cultivar a sua parcela e transformar as estufas existentes com diversos programas, atendendo às necessidades da comunidade. A última lógica, “Pinhal/Espaço Público”, cria uma uniformização da floresta existente com a plantação de um novo pinhal, introduzindo zonas de lazer no seu interior. Estas lógicas têm como objetivo expandir-se ao longo do tempo e transformar toda aquela área num território híbrido.