Ano Letivo

2014/2015

Unidade Curricular

Tese de Mestrado

Ano Curricular

Supervisor/Orientador

João Cabeleira

Local de Intervenção

Ponte de Lima, Braga, Arcos de Valdevez, Monção, Viana do Castelo e Vila Verde, Portugal.

Análise comparativa de Feiras no Alto Minho: Relação entre espaço e apropriação

Joana Clementina Silva

Análise comparativa de feiras do Alto Minho – relação entre espaço e apropriação é uma investigação na qual se pretende explorar a feira e os seus espaços enquanto parte integrante da urbe. Partindo de um olhar sobre as feiras, a partir do âmbito disciplinar da arquitetura, procura-se a compreensão desta prática inserida no quotidiano das cidades, elaborando-se uma análise critica sobre a sua pertinência, e a dos espaços em que esta tem lugar no desenvolvimento e vivência das cidades. Compreender o impacto da feira no espaço público e relações urbanas (sociais, económicas, culturais e identitárias) na sua adaptação e apropriação dos e nos lugares, comparando com o uso dos mesmos nos dias em que não há feira. Assim, as premissas estruturais desta investigação assentam em perceber o uso (quando há e não há feira) do espaço onde ela se desenrola equacionando o seu papel nas cidades. A investigação organiza-se em quatro fases atravessando a premissas estruturais estabelecidas. A primeira fase surge da reflexão sobre os casos analisados percebendo o que é uma feira na atualidade enquadrando e clarificando o tipo de feiras existentes. Assim, compreender a feira enquanto elemento crucial na formação da identidade dos lugares. Numa segunda fase apresentação da amostra, onde se desenrola uma análise dos casos de estudo, parte-se de uma análise geral do lugar (e das relações à escala urbana), até ao particular (aferindo características do desenho urbano) para entender de que modo se adapta e permite a realização da feira. Na terceira fase perceber a capacidade de mutação do espaço que este evento proporciona aos lugares sendo uma atividade efémera mas cíclica, privilegiando- se a análise in situ realizada através da vivência e registos dos lugares “à boleia“ de um feirante. A quarta fase surge da reflexão sobre tais espaços onde se procura especular possíveis estratégias de intervenção nestes lugares onde mais do que criar um modelo rígido para receber a feira, se visa repensar o seu lugar na cidade, tendo como objetivo a transformação de espaços de status de exclusão, aproximando-os de um caráter de inclusão entre a vivência da cidade.