Ano Letivo
2014/2015
Unidade Curricular
Atelier 2A – Territorio
Ano Curricular
4º
Docência
Marta Labastida
Título do Exercício
Aproximação ao Vale do Ave
Local de Intervenção
Pousada de Saramagos, Vila Nova de Famalicão
Enunciado do Exercício
O programa tem como objectivo ensaiar alternativas de intervenção no território difuso contemporâneo questionando oportunidades na intervenção que implica “descobrir” novas aproximações ao lugar e ao projeto. A partir de uma área localizada ao longo da EN206, na freguesia de Pousada de Saramagos em Vila nova de Famalicão, deverá construir-se uma aproximação que permita não só reconhecer o lugar como trabalhar uma proposta a partir de três ações de mediação: Respigar, selecionar e valorar aquilo encontrado no lugar, aquilo já utilizado ou já iniciado. Reciclar, enunciar o lugar e o projeto desde os processos e tempos acumulados ou possíveis. Bricolar, destreza provisional, sem modelos, que faculta a construção e a renovação das ferramentas de ação a partir do descoberto no lugar. Esta mediação deverá sintetizar-se num projeto-estratégia que, para além de cruzar distintas referências e explorar novas ferramentas, determine um novo campo de relações no lugar ativando processos existentes ou possíveis.
André Carvalhosa e Joana Vieira
Afluências/Influências analisa o território com base na afluência de pessoas e os fatores de influência dessa. Foi notado que no século XX a afluência de pessoas era dada na parte baixa da freguesia, devido à presença do Rio Pele. Por outro lado, entre o século XX e o século XXI houve uma ‘migração’ para a N206, sendo que atualmente a maior afluência de pessoas está concentrada ao longo da Nacional. Após a análise dessas duas estruturas (Rio Pele e N206) foi definida uma estratégia de intervenção baseada na ativação de espaços em processo de abandono, através da criação de sistemas de água que aproveitam as linhas de água existentes para o desenvolvimento da região, à semelhança do que acontecia no século XX. Assim, são criadas duas intervenções em dois pontos da freguesia (designados de Viveiro e Depuradora) com dois carateres distintos mas que se complementam. O primeiro foca-se na indústria, reconvertendo a antiga fábrica RioPele em estufa, e a parcela agrícola adjacente em viveiro de árvores. O segundo, numa zona habitacional, reativa os lotes habitacionais através da criação de tanques de depuração e hortas coletivas e casas-tipo. Estas duas intervenções têm como finalidade, não só reativar os espaços em processo de abandono, mas também num futuro longínquo, a longo prazo, desenvolver a economia da região e criar novos espaços coletivos (graças aos viveiros de choupos que poderão ser comercializados ou utilizados (a madeira) para a criação de percursos públicos).