Ano Letivo

2020/2021

Unidade Curricular

Atelier 1A – Paisagem

Ano Curricular

Docência

Rute Carlos

Título do Exercício

Dar a Volta à Penha

Local de Intervenção

Monte da Penha, Guimarães

A Floresta do Monte da Penha

Ana Borlido, Ana Carvalho e Telma Leites

Painel de grupo 1/2.

Análise
Em 1948, o Monte da Penha era caracterizado por ter grandes blocos de granito, muito característicos do lugar, no entanto, a partir dos anos 50, o uso urbano começou a ganhar maior relevância, acompanhado de um crescente abandono dos espaços agrícolas, dos quais, alguns foram dando lugar à edificação, enquanto outros foram deixados ao abandono.
A zona da penha possui também um declive bastante acentuado, e este terá igualmente contribuído para o abandono agrícola, pois dificultou a mecanização dos processos agrícolas. Este crescente abandono contribuiu para a proliferação de novas espécies arbóreas nos campos outrora ocupados sobretudo por milho e azevém, como o eucalipto e a acácia.
Destacando o tema da vegetação, chegamos a conclusão que a massiva e descuidada quantidade de vegetação precisava de várias intervenções, sendo o objetivo principal romper os limites espaciais e visuais, que esta vegetação impõe na comunidade vimaranense, assim como os espaços que ficam interditos e inacessíveis.

   

Painel de grupo 2/2.

Estratégia Geral
O objetivo principal de intervenção seria ajudar a comunidade vimaranense, considerando algumas das problemáticas analisadas no território, assim como, as áreas de perigosidade de incêndio, as áreas de vegetação infestante e, por último, as áreas abandonadas. A partir destes espaços seria primordial proporcionar locais que não só auxiliassem a comunidade a nível físico, mental e social, mas também o próprio monte da penha, visto que este é um marco, quer na história da cidade de Guimarães, quer para a sua população.

Âmbitos e Objetivos
Propõe-se voltar a valorizar (os terrenos abandonados), regenerar ambientes e ecossistemas (corte da vegetação, plantação e transplantação), e impulsionar e reconhecer o meio natural com as suas partes integrantes (o uso do espaço público), faz parte de uma estratégia global aplicada a todos os locais de intervenção selecionados, tendo cada tema uma incidência mais intensificada a partir das características do próprio local.



VIVEIRO FLORESTAL, Ana Borlido

Painel individual.
O projeto Viveiro Florestal consiste na plantação de viveiros em terrenos abandonados, sem uso ou ardidos, de modo que estes se tornem produtivos e autossuficientes.
Desta forma, será projetado um caso piloto que poderá ser replicado para as outras zonas de intervenção, onde, para a escolha dos mesmos, foram considerados como critérios a existência de linhas de água e a boa acessibilidade.
O caso piloto escolhido localiza-se numa zona de proteção de quintas, o que acaba por ser uma mais-valia para o projeto, uma vez que este se destina à produção. Este deterá de um canteiro interior (estufa), onde serão produzidas as mudas, e outro exterior, onde se dará o endurecimento das mesmas.
Serão planeados os tipos e quantidades de árvores de modo a ajudar na reabilitação das outras duas áreas florestais. As restantes produzidas serão planeadas para venda de forma a apoiar economicamente toda a mão de obra necessária no decorrer da intervenção. 



PATRIMÓNIO FLORESTAL, Ana Carvalho

Painel individual.
Apoiando este âmbito no que mais característico tem a penha (penhas), numa primeira fase seria indispensável a limpeza de todas as árvores infestantes e árvores em mau estado.
A plantação e presença de arvores autóctones como o carvalho, o sobreiro, a azinheira e o medronheiro é a principal aquisição de espécies arbóreas para esta zona de atuação, sendo que iriam criar um microclima, renovando o ambiente e a própria fauna e flora da penha.
Numa segunda fase, as árvores de folha caduca substituiriam as arvores infestantes, existentes previamente no local, através da sua transplantação com pelo menos 20 cm de altura para ter melhor aderência.
Para concluir, numa terceira e última fase, com uma nova disposição arbórea e a abertura de atravessamentos visuais, seria possível reutilizar lugares abandonados, impulsionando também a atividade física através do aproveitamento de caminhos pedonais existentes.



JARDINS SENSORIAIS, Telma Leites

Painel individual.
O Manto florestal do monte da Penha tem vindo a sofrer diversas problemáticas ao longo dos últimos anos, nomeadamente, nas encostas NO e SO, as quais apresentam uma grande densidade de ocupação urbana ou parcelas abandonadas.
De modo a equacionar estas problemáticas é proposto um método de intervenção, exemplificado através de um caso piloto, o qual se pode replicar para todas as restantes áreas propostas.
Cada intervenção atuará em dois terrenos em simultâneo. Um, em terras baixas, de uso, maioritariamente, múltiplo, onde é sugerida a (trans)plantação de vegetação frutífera e outra, em terras de transição, devido a estas se caracterizarem com um declive mais acentuado e desfavorável para o cultivo e produção, é sugerida, portanto, a requalificação do manto florestal, de modo a reestabelecer as continuidades florestais e os corredores verdes do monte da Penha.