Ano Letivo

2018/2019

Unidade Curricular

Tese de Mestrado

Ano Curricular

Supervisor/Orientador

Cidália F. Silva

Local de Intervenção

Braga, Portugal

A água como vestígio no reconhecimento de Braga como palimpsesto

Elsa Lisboa

Esta investigação procura implementar a leitura em espessura por forma a facilitar a interpretação do território contemporâneo de Braga. Aplica-se um processo de reconhecimento que concede uma dimensão suplementar prática à leitura do território como palimpsesto, onde se começa por raspar para reconhecer. A definição de palimpsesto torna-se numa ferramenta importante para a integração dos elementos de análise no processo de reconhecimento do território. O palimpsesto é visto como processo, água como vestígio, Braga como papiro e Sete Fontes como texto.
O vestígio está intimamente ligado à história humana e às qualidades seculares do território. O papiro contém um património profundamente ligado aos recursos hídricos que evoca a utilização da água através do tempo. O texto constitui o fio condutor que interliga as diferentes camadas da história da água na cidade.
Raspa-se a espessura até à camada que detém o vestígio na sua génese, iniciando um processo de reconhecimento a partir do momento em que se escreve o primeiro texto sobre o vestígio. Introduz-se uma narrativa que culmina no reconhecimento da camada onde foi escrita a última versão desse mesmo texto, que contém a última memória do vestígio na cidade, antes de ser desconstruído pelo tempo seguinte.
Assim se reconhece o território de Braga. Um papiro que descreve o vestígio que percorre sob o texto e relata a história de uma rua, uma praça e uma cidade.