Category

Seminars

Date

April 3rd and 4th, 2008

Place

Centro Cultural Vila Flor, Guimarães

Arquitectura em Lugares Comuns

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Neste seminário pretende-se debater diferentes aproximações à intervenção no território contemporâneo. Este apresenta morfologias que já não cabem nas tradicionais dicotomias – cidade-campo, urbano-rural, centro-periferia – revelando a importância de propostas adequadas aos seus lugares comuns. Neste contexto de mudança de paradigmas, não são apenas os lugares que mudam, devem mudar também as exigências e os próprios instrumentos da arquitectura.   Este seminário pretende renovar e debater a forma como o arquitecto pode ver e intervir sobre o território, incluindo perspectivas de outras disciplinas artísticas e profissionais. Trata-se de uma oportunidade para recolocar o olhar do arquitecto perante temas e ferramentas de projecto que trabalhem os lugares comuns de forma não comum.   Para que o debate seja incisivo, o seminário está estruturado segundo quatro linhas temáticas consideradas fundamentais na construção de novas aproximações para os lugares comuns contemporâneos: permanência e mutação; transições; transversalidade de escalas; suportes.
  Permanência e mutação Tendo em conta que o território é um lugar inexoravelmente inacabado, procuram-se aproximações que tenham como tema central a pesquisa do tempo e respectivas consequências nos processos de transformação. Pretende-se discutir a relação entre permanência e mutação, como fundamentos do olhar e da intervenção nos lugares contemporâneos. Como se desenham permanências em função da transformação? Como entender o projecto enquanto mecanismo de mudança?   Transições No território contemporâneo assiste-se à simultaneidade e sobreposição: o natural e o artificial, o urbano e o rural, misturam-se numa multiplicidade de formas, não sendo possível distinguir onde terminam uns e começam os outros. As tradicionais dicotomias são colocadas em questão, exigindo novas abordagens e formas de intervir. Como se desenham as transições? Como entender o projecto enquanto mecanismo conciliador de realidades distintas?   Transversalidade de escalas Num lugar existe um número ilimitado de escalas. As aproximações ao território não podem ser entendidas apenas numa escala específica mas, antes, na relação entre as várias escalas que concorrem para a sua identidade. Assim, a acção de ler e projectar não obedece a uma sequência progressiva de escalas, sendo sempre uma acção transescalar. Como se cruzam no desenho as diferentes escalas? Como entender o projecto enquanto mecanismo catalizador transescalar?   Suportes Qualquer intervenção implica o reconhecimento das especificidades do lugar: enquanto suporte físico, a terra e a água nas suas múltiplas combinações; do suporte enquanto memória, com as suas múltiplas pegadas e traços; e do suporte enquanto forma, medida e lógica de paisagem. Como se desenha em função dos suportes? Como entender o projecto enquanto novo suporte?