Academic year

2011/2012

Course

Thesis

Curricular year

Orientation/Supervision

Marta Labastida

Intervention Location

Minas da Panasqueira, Covilhã, Portugal

Um Olhar sobre a Paisagem das Minas da Panasqueira

Ana Lúcia Pereira

O presente trabalho é uma pesquisa empírica que confronta uma aproximação alternativa assente na construção de um novo olhar sobre um território que se construiu, que se acumulou, que se sobrepôs, quer no tempo quer no espaço: a paisagem das Minas de Panasqueira. Partiu-se do entendimento de que o lugar é a estratificação da memória, e o território é mutável e, como tal, sujeito a mudanças e transformações contínuas feitas pela ação do Homem e da Natureza. O projeto que se apresenta é o resultado de um ensaio metodológico, uma abordagem aberta baseada no processo de descodificação de uma paisagem conotada negativamente, pelas suas fortes transformações. A escolha do lugar: as Minas da Panasqueira, teve um interesse que não foi fruto da casualidade, mas antes um interesse voltado para questionar a percepção de uma paisagem associada normalmente a valores negativos e com um futuro incerto. Esta é uma amostra que se pretende rever em outros territórios e lugares, com problemáticas transversais. O objetivo principal da metodologia é a construção de um olhar que procura uma (re)interpretação dos suportes e elementos da paisagem, assim como novas oportunidades através do entendimento da própria história do lugar, assumindo o seu processo de construção contínuo. Este olhar sintetiza-se mediante um conjunto de narrativas, entre muitas outras possíveis, que mostram e descrevem o reconhecimento transversal desta paisagem, daquela que subsiste e se materializa, dos seus traços permanentes e mutáveis, dos processos que a geram e a transformam, das morfologias, texturas e cores resultantes. É no cruzamento destas narrativas onde aparecerá a especificidade do lugar, as lógicas que permitem agarrar uma futura intervenção. Este olhar sintetiza-se mediante um conjunto de narrativas, entre muitas outras possíveis, que mostram e descrevem o reconhecimento transversal desta paisagem, daquela que subsiste e se materializa, dos seus traços permanentes e mutáveis, dos processos que a geram e a transformam, das morfologias, texturas e cores resultantes. É no cruzamento destas narrativas onde aparecerá a especificidade do lugar, as lógicas que permitem agarrar uma futura intervenção.